A votação de um projeto da prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, provocou tumulto na tarde desta terça-feira (7) na Câmara Municipal. A Guarda Civil foi chamada e depois de muito bate-boca, os manifestantes foram colocados para fora. O projeto terceiriza a administração dos serviços de saúde na cidade.
As pessoas que lotavam o plenário gritavam e usavam apitos para protestar. Só depois do fim do tumulto, os vereadores puderam retomar a discussão. A oposição reclamou que a prefeitura não negociou o projeto com a sociedade.
“Não foi possível discutir em audiência pública, com o Conselho de Gestor, com o Conselho Municipal, com o sindicato. Então eu sou contra a forma truculenta da vinda desse projeto para essa casa de leis”, disse o vereador André Sacco Júnior.
O projeto da prefeitura permite que a administração de hospitais, pronto-socorro e unidades básicas de saúde seja transferida para uma organização social, sem fins lucrativos. O Hospital Central, que atende 2 mil pessoas por dia, deve ser o primeiro a ser terceirizado. Com isso, o município calcula que poderá economizar R$ 12 milhões ao ano.
A prefeitura diz que o atendimento para a população continuará gratuito e que a organização social que assumirá a administração dos hospitais municipais será paga com recursos do Ministério da Saúde.
“A sociedade vai ser envolvida nessa discussão a partir do momento que a gente criar a lei na elaboração das metas, da discussão de qual é a vocação do hospital, de que tipo de hospital nós queremos”, afirmou Maurício Rosa, secretário-adjunto da Saúde.
Quem usa o hospital, diz que o serviço tem que melhorar. A população reclama da demora, do calor, da quantidade de pacientes. As queixas também são sobre falta de lençol e camas ruins. Ainda não há um prazo definido para que a administração dos hospitais de Osasco passe para terceiros.
Do G1