Secretaria de Saúde de Osasco realiza evento para marcar o Dia Nacional de Luta Antimanicomial

Para marcar o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, a Secretaria de Saúde de Osasco, por meio do Departamento de Saúde Pública, do Programa de Saúde Mental e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), realizou na quarta-feira, 18, evento no “calçadão” da Rua Antonio Agú, com a presença do secretário Gelso de Lima.

A mobilização municipal em defesa da reforma contou com diversas atividades, dentre elas música ao vivo, exposição de fotos de ações ocorridas no CAPS Infantil, exposição de produtos, artesanatos, crochê, bijuterias, bolsa de garrafa pet, design de móveis em jornal todos produzidos e confeccionados pelos usuários do CAPS. Também foi realizada uma roda de Terapia Comunitária com a participação de psicólogos, terapeutas ocupacionais e comunitários na Praça de Eventos do Osasco Plaza Shopping.

A data surgiu após a Reforma Psiquiátrica que foi um conjunto de transformações, de práticas, saberes, valores culturais e sociais que propôs a reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental, mudando o foco do tratamento que se concentrava na instituição hospitalar, para uma Rede de Atenção Psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos, de forma que esta atenção esteja voltada à humanização, defesa dos direitos humanos e reinserção social.

O secretario de saúde, Gelso de Lima, que prestigiou o evento comentou sobre as ações e serviços de promoção à saúde mental no município. “Hoje a cidade conta com o Centro de Atendimento Psicossocial Ambulatorial (CAPS), o CAPS Infantil, a Emergência Psiquiátrica no PS da Vila Pestana e ainda o CAPS Álcool e Drogas, que é um orgulho para nossa cidade”, relatou.

De acordo com a fonoaudióloga e coordenadora de Saúde Mental, Luciana Pignatari, os materiais expostos foram produzidos pelos pacientes que fazem tratamento nos CAPS’s. “Os paciente participam no CAPS, dentre outras atividades terapêuticas, de grupos e oficinas de geração de renda no Projeto de “Economia Solidária” em parceria com a Secretaria de Trabalho e Inclusão” ressaltou.

Segundo o paciente do CAPS AD, Carlos Mariani, as terapias me ajudaram muito. “Aprendi com os exemplos e experiências das outras pessoas. As oficinas de artesanato foram um instrumento de muita valia, me deu forças para recomeçar e me recuperar”, comentou. E completou, “Já temos a assessoria da Economia Solidária, pois no futuro, planejamos atuar em cooperativa”.

A terapeuta ocupacional e coordenadora da Saúde Mental do Departamento de Atendimento Primário da Região Norte, Káthya Bertolini, destacou a importância da promoção da saúde mental e de se trabalhar a saúde antes que se torne uma doença. “As ansiedades, preocupações, sofrimentos, angustias, carências podem ser tratadas antes que se tornem uma doença, como uma depressão” explicou.

E completou dizendo que nas terapias os pacientes falam, compartilham problemas, constroem uma rede de amigos e de solidariedade, fatos que contribuem para a cura do paciente.

Milene Soares de Carvalho

Assessoria de comunicação da

Secretaria de Saúde de Osasco

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One comment

  1. Marcelo C. Batista

    Penso que atividades de concientização como essa realizada pelo CAPS de Osasco seja de grande importância. Informar a população sempre é prudente.

    Como paciente psiquiátrico que sou e portador de Síndrome do Pânico e Depressão Moderada, e por não possuir plano de saúde particular, sou “obrigado” à procurar assistência psiquiátrica no CAPS do município de Osasco.
    O que a população não sabe é que de fato, o atendimento é extremamente precário, fltam profissionais para atendimento à população, no CAPS Jd Pestana, os pacientes em estado de crise ou “surto” que representem ríscos a si próprios ou ao próximo ( únicos motivos que justificam internação) são mantidos “presos” na antiga “carceragem que existe no local pois anteriormente era uma delegacia). O espaço é extremamente pequeno, cabendo 3 leitos ou até 2, os pacientes são tratados numa condição que escandaliza qualquer ser humano que possua o mínimo de compaixão. Os poucos psiquiatras que atendem são desatenciosos e beiram a estupidez e grosseria. Mesmo que o paciente leve a receita de outro profissional comprovando a posologia , a CID e o medicamento administrado ao mesmo, muitos de recusam a dar continuidade ao tratamento e negam receita. Fora que^você corre o rísco de receber outros diagnósticos. Eu, por exemplo, neste CAPS fui diagnosticado com Transtorno Bipolar do Humor, Transtorno de Personalidade e mais umas cinco patologias. Sendo que nunca tive sintomas que comprovassem tais diagnósticos. Eles são imprecisos e muitas vezes uquando vc consegue uma consulta, o atendimento não passa de 10 minutos de conversa. No CAPS do KM18 em Osasco, eles dizem que o paciente precisa passar pelo acolhimento psiquiátrico num posto de saúde próximo a sua residencia ( gente é mais fácil vc achar uma pepita de ouro de 20 quilates) pois não existem psiquiatras disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde em Osasco.
    Verdade seja dita à população. Fazer feirinha é lindo….. mas tratar a população com dignidade e respeito, pois paga impostos para isso também, é mais interessante e eficiente. Tome cuidado se receber indicação ao acolhimento psiquiátrico no município de Osasco. Você pode entrar normal e sair com diversas doenças mentais.

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