A Secretaria da Cultura de Osasco, em parceria com o Instituto Olga Kos Inclusão Cultural, realizou no sábado, dia 24 de setembro, o seminário “Cultura e Saúde nos Pontos”. O evento que aconteceu no Teatro Nivaldo Santana, na Escola de Artes César Antonio Salvi, no Centro de Osasco, teve como objetivo discutir os direitos de reconhecer o potencial artístico e criativo de todas as pessoas, independente de suas limitações, bem como promover o ciclo de formação de agentes de cultura e saúde desenvolvido pelo “Pontão de Cultura” de Osasco.
Os Pontões são instrumentos de promoção do intercâmbio e difusão da cultura brasileira em suas mais diversas linguagens e formas, no âmbito regional ou nacional, geridos por ente público ou privado sem fins lucrativos, com o intuito de desenvolver ações de capacitação e formação de agentes culturais vinculados aos Pontos de Cultura.
A mesa de discussões para o seminário foi formada por Lothar Bazanella (conselheiro do Centro de Apoio ao Deficiente Visual – CADEVI); Eli Nogueira de Almeida (presidente da Associação para o Desenvolvimento Integral de Down – ADID); Valério Benfica (Regional do Ministério de Cultura de São Paulo); Ana Cecília Gold Cioffi (responsável pela Escola Municipal de Educação Especial Dr. Edmundo Campanha Burjato); Adelino Ozores (vice-presidente da empresa Vez da Voz) e Samuel Batista, que representou o secretário de Cultura de Osasco, Luciano Jurcovichi. Também prestigiaram o encontro a secretária de Assistência e Promoção Social de Osasco, Gilma Rossafá e a coordenadora da Mulher e Promoção da Igualdade Racial, Sonia Rainho, dentre outras autoridades.
Dentre os principais pontos discutidos ganharam destaque: a modificação do olhar dos governos em relação à cultura, no sentido de observarem-na como instrumento transformador e não apenas de cunho artístico, tema abordado por Adelino Ozores; a importância da Educação Inclusiva com responsabilidade, assunto expresso por Ana Cecília Gold Cioffi; e adequação de deficiências, por Lothar Bazanella.
Já Samuel Batista salientou a importância de encarar de peito aberto os medos enfrentados quando se aborda o tema da deficiência. “Temos que aceitar melhor as adversidades e não devemos temer discutir a cultura em um universo tão amplo, mas cheio de medo e preconceitos. Precisamos ser protagonistas nesse momento de transformações e sermos competentes para conviver com o que identificamos ser uma pessoa diferente, mas que é tão ou mais capaz de realizar atividades complexas em relação ao que a sociedade classifica ou rotula como ‘normal’”, defendeu.
O Pontão de Cultura do Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural tem a proposta de atender entre 50 e 90 Pontos de Cultura do Estado de São Paulo ligados ao Eixo Cultura e Saúde, dentre eles a cidade de Osasco, identificando-os, mapeando suas ações, integrando e potencializando-os em rede através de diversas frentes de ação.