Um grupo de nove representantes da cidade de Osasco esteve em Brasília participando da II Conferência Nacional de Economia Solidária (II Conaes), no gramado central da Esplanada dos Ministérios. O encontro reuniu 1600 delegados e 200 convidados de todo o país e teve como tema o direito às formas de organização econômicas baseadas no trabalho associado na propriedade coletiva, na cooperativa e na autogestão, reafirmando a economia solidária.
Estiveram representando Osasco Sandra Praxedes, coordenadora do programa Osasco Solidária da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão; Leandro Vasconcelos e Cida Lopes, representando os gestores públicos; Genivaldo Silva Xavier, da Associação Pankararé; Albertina Melo, Sônia Lucena e Roseli Alice da Silva, dos empreendimentos de artesanato; Simone Aparecida de Carvalho, da cooperativa de costura; e Sônia Maria Delmiro, representante do segmento de reciclagem.
A conferência começou a ser preparada em janeiro deste ano, com a realização de 187 conferências territoriais, que abrangeram 2.894 municípios brasileiros e 15.800 participantes de segmentos representativos locais da Economia Solidária. Na seqüência, foram 27 conferências estaduais que contaram com mais de quatro mil pessoas. E todos os eixos temáticos debatidos na Conferência Nacional foram discutidos livremente na fase regional das discussões, o que na opinião dos organizadores, gerou um conjunto significativo de contribuições.
Para Sandra Praxedes, as discussões em Brasília foram muito proveitosas. “Estivemos em contato com representantes de todo o país e isto fez com que tivéssemos uma troca de experiências muito importante para os avanços da Economia Solidária em diferentes lugares e segmentos”, destacou.
Pelo direito a uma Economia Solidária
A Economia Solidária é um jeito de fazer a atividade econômica de produção, oferta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia e na cooperação, chamada de autogestão. Ou seja, na Economia Solidária não existe patrão nem empregados, pois todos os integrantes do empreendimento (associação, cooperativa ou grupo) são ao mesmo tempo trabalhadores e donos.
Um dos entraves fundamentais para a consolidação da Economia Solidária enquanto proposta de um desenvolvimento sustentável, solidário e diverso para o país e enquanto opção daqueles que decidem viver da Economia Solidária, é o não reconhecimento, por parte do Estado Brasileiro, do direito ao trabalho associado e a formas organizativas baseadas na Economia Solidária.
Josiane Carvalho
Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento e Inclusão