Pesquisadora da USP analisa aluno…

764 - Kelly Cerqueira (2)No mês de novembro, a professora Maristela Freitas, da EMEF Pastor Josias, esteve no SIEPES (Seminário Internacional de Experimentación y Investigación en Prácticas de Enseñanza) da Universidade Pedagógica Francisco Morazan, em Honduras, para apresentar seu projeto de iniciação científica “A influência da orientação do professor na produção escrita dos alunos”, a convite da Universidade de São Paulo (USP), por intermédio do Grupo de Estudos e Pesquisa Produção Escrita e Psicanálise (GEPPEP). O evento reuniu convidados do México, Costa Rica e Brasil.

O projeto apresentado durante o Seminário demonstra a influência da escrita na formação dos alunos e em que medida as orientações fornecidas em aula contribuem para isso. Os estudantes do 5° ano C da EMEF Pastor Josias participaram da pesquisa, com textos produzidos em sala de aula.

Maristela explica que, quando o educador se propõe a estudar suas próprias práticas pedagógicas, o trabalho docente raramente é o mesmo, pois sofre mudanças e alterações ao perceber que sua orientação não contribuiu, necessariamente, para o sucesso do aprendizado do aluno em sala de aula. Assim, passa a demonstrar interesse pela produção escrita, fornecendo orientações e ajuda direcionadas e objetivas, estabelecendo proximidade, constituindo “os laços sociais” conforme Lacan, marco teórico da investigação da pesquisadora. Uma vez construído o laço social, o aluno é capaz de romper as barreiras do discurso e iniciar suas criações próprias com autonomia e criatividade.

Os educandos Lucas Tavares Moreira e Jhemerson Freire Leite, 10 anos, asseguram que as redações que a professora propõe durante as aulas vêm aguçando a curiosidade pela busca da leitura e escrita. “A escola nos levou para visitar a Feira do Livro. Fiquei contente por escolher os meus autores preferidos e de saber que alguns exemplares que estavam à venda eu já havia lido”, diz Lucas. Já seu colega comenta que, sempre que escreve uma redação, seu imaginário passeia. Viajo com as ideias animadoras que tenho e repasso em seguida para o caderno, com ilustrações em desenhos e a narrativa escrita”, conta Jhemerson. Para Marcela Aranega de Morais, 11 anos, o gosto pela escrita deve-se ao incentivo de sua mãe: “quando eu tinha 4 anos, aprendi as letras e números, entrei na escola lendo e escrevendo. A professora Maristela me empresta alguns livros de literatura e conta um pouco sobre as obras, e durante as aulas incentiva a turma pelo gosto de ler”, comenta.

A pesquisa que investiga “A influência da orientação do professor na produção escrita oportuniza o conhecimento significativo à vida dos alunos com autonomia”, afirma a secretária de Educação Profª Marinalva Oliveira, observando que esse projeto é um dos frutos do avanço da atual gestão da Secretaria municipal de Educação que proporciona aos docentes formação continuada, realizada por especialistas, além do I e II Encontro Internacional de Educação de Osasco, trazendo reflexões críticas sobre as práticas pedagógicas a fim de qualificar os trabalhos dos educadores na Unidade Educacional.

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