Dentre os temas destacados pelo secretário Gelso de Lima está o reforço na frota de ambulâncias. Ele também explicou aos vereadores que a cidade não registra casos de gripe A e que a dengue está sob controle
O secretário de saúde da Prefeitura de Osasco, Gelso de Lima, participou na quinta-feira, dia 10 de junho, de uma audiência pública promovida pelas comissões de Saúde e de Promoção Social da Câmara de Osasco para prestação de contas das ações da pasta no 1º trimestre deste ano.
O evento foi aberto pelo coordenador do Fundo Municipal de Saúde, Aleto José de Souza, que apresentou os números de financiamentos ao órgão.
De acordo com ele, as receitas, no primeiro trimestre, somaram R$67,74 milhões. Desse total, R$53,34 milhões correspondem a repasses da Prefeitura ao Fundo, o que equivale a 79% do total. Os outros R$14,45 milhões vieram do Ministério da Saúde. “Já os repasses do governo estadual, referentes aos programas Dose Certa, Glicemia e Tuberculose, não registraram repasses nesse período, sendo contabilizados apenas a partir de abril”, explicou.
Aleto explicou ainda que, durante todo o ano passado, os investimentos da Prefeitura em Saúde representaram 30,20% do Orçamento, o dobro do exigido por lei, que é de 15%. “Isso significa que, de cada R$100 de receita da Prefeitura, R$30,20 vão para a Saúde”, comparou.
Em seguida, a apresentação envolveu os números de atendimento e indicadores por setor da secretaria, que foram comparados a igual período do ano passado. Um dos destaques foi a redução dos casos de mortalidade infantil. No primeiro trimestre deste ano, foram registrados 30 óbitos entre os residentes e 10 de não residentes no município. Já em 2009, os números foram de 36 e 17, respectivamente.
Os dados também apontaram que os atendimentos registrados nas áreas de Zoonoses, Dengue, Saúde Bucal e DST/AIDS; em unidades como as policlínicas das zonas Norte e Sul, Hospital Municipal Antônio Giglio, Maternidade Amador Aguiar e unidades da Farmácia Popular; e ainda nos programas de Atendimento Domiciliar (PAD) e de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e no SAMU mantiveram praticamente os mesmos números registrados no primeiro trimestre de 2009.
Em seguida, atendendo a uma sugestão feita pelos vereadores, em audiência anterior, de que os responsáveis pelos setores da secretaria fizessem relatos do trabalho realizado em cada um deles, a diretoria do Departamento de Atendimento Primário da secretaria, Solange Cristina da Silva, falou sobre as ações em andamento nas UBS (Unidades Básicas de Saúde). “Dentre os avanços já registrados, podemos destacar a abertura, pelo menos uma vez por mês, de uma UBS aos sábados, para atender as pessoas que não podem ter acesso aos serviços de saúde durante a semana. Além disso, estamos trabalhando de maneira integrada com o Programa de Agentes Comunitários de Saúde e desenvolvendo várias ações na área de prevenção, com destaque para as Rodas de Saúde, que vem ganhando grande adesão dos usuários”, relatou.
Na sequência, foi a vez do secretário Gelso de Lima responder as questões formuladas pelos vereadores e pelos participantes da audiência.
Um dos temas foi a gestão, por meio de uma Organização Social (OS) do Hospital Municipal Central Antônio Giglio. “Existe uma liminar em curso nos impedindo de dar prosseguimento à licitação para a escolha da OS que irá administrar o hospital. Mas já apresentamos nossa defesa e estamos muito confiantes de que vamos conseguir derrubá-la. Espero que até o final do próximo mês já tenhamos uma OS administrando o hospital central”, relatou. Segundo ele, a medida vai garantir um melhor atendimento à população, pois a OS terá condições de contratar médicos e adquirir materiais e medicamentos de forma mais rápida que a administração municipal, que enfrenta uma série de trâmites burocráticos nesse processo. “No edital, estipulamos que o gasto anual para manter o hospital em funcionamento, em condições bem melhores que as atuais,seja de R$62 milhões. Hoje, gastamos R$72 milhões para isso. Esses R$10 milhões, que iremos economizar, serão investidos em atenção básica”, afirmou.
Outro tema abordado foi o do atendimento do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). De acordo com o secretário, o serviço conta hoje com 15 ambulâncias, que rodam, em média, 150 quilômetros por dia, o que obriga à constante manutenção. “Vale lembrar que esse é um serviço inédito na cidade, criado em nossa administração. Antes, só havia na cidade duas viaturas de resgate do Corpo de Bombeiros. Hoje, mesmo com os veículos em manutenção, temos pelo menos 7 em circulação todos os dias. Além disso, já fizemos pedido ao Ministério da Saúde para envio de novas unidades e, enquanto aguardamos, vamos locar mais ambulâncias, todas com garantia de substituição para manutenção. Em 30 dias, elas já devem estar nas ruas”.
Prêmio Incentivo
Ele também anunciou o envio, em breve, de um projeto de lei, à Câmara Municipal, criando o prêmio incentivo aos médicos. “Nossa intenção é ampliar e melhorar o atendimento à população e ainda conseguir, com salário melhores, contratar mais médicos”, explicou.
Gelso apresentou ainda números sobre os casos de gripe A e de dengue na cidade. “Felizmente, até agora, não registramos nenhum caso de gripe A, graças à campanha de vacinação e também aos trabalhos de conscientização realizados pelo Ministério da Saúde. Já quanto à dengue, registramos 180 casos autóctones, número que tende a cair, a partir de agora, com a chegada do inverno. E um dos destaques de nosso trabalho de prevenção aconteceu no Munhoz Júnior.No ano passado, ele foi a área da cidade com maior número de casos. Já este ano, depois de reforçarmos as ações de prevenção, não houve registros”, comparou.
Também participaram da audiência o presidente da Câmara Municipal de Osasco, Osvaldo Vergínio, o presidente da comissão de Saúde, Carlos José Gaspar, e os vereadores Josias do Nascimento, André Saco, Ana Paula Rossi, Valmir Prascidelli, Rubens Bastos e Aluísio Pinheiro, além de diversos colaboradores da Secretaria da Saúde.