São Paulo – Não houve punição a nenhum dos denunciados como corresponsáveis pelo desabamento do teto da Igreja Universal do Reino de Deus, em 1998, em Osasco, na Grande São Paulo. O crime prescreveu dois anos depois dos fatos. “Foi um caso complicado, que demorou. Foi preciso ouvir muitas testemunhas e o caso se estendeu”, lembra o advogado Arthur Lavigne, que defendeu a Universal.
Na madrugada do dia 5 de setembro daquele ano, cerca de 1,5 mil fiéis oravam em vigília quando houve um estrondo. Em seguida, placas do forro caíram sobre as pessoas, antes de a estrutura do teto desabar. Morreram 25 pessoas e 467 ficaram feridas. Em março de 1999, com base em laudo do Instituto de Criminalística (IC), que apontou negligência como causa do acidente, a polícia indiciou oito pessoas por homicídio culposo (sem intenção).
Foram indiciados o dono do imóvel, quatro integrantes da Igreja e três engenheiros da prefeitura que liberaram a realização de cultos no local. A defesa pediu a peritos privados um novo laudo. “Mostramos que o solo lodoso e obras próximas influenciaram na queda. Não houve negligência. Houve uma condenação pequena na primeira instância. E a segunda instância considerou o caso prescrito”, diz Lavigne. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Via: Abril