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A Prefeitura de Osasco, por meio da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão (SDTI), em parceria com o Instituto Marista de Solidariedade e a Secretaria Nacional de Economia Solidária, promoveu na quarta-feira, 7 de dezembro, um seminário sobre o tema “Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário” com o objetivo de discutir e ordenar parâmetros para promover relações comerciais com melhor infraestrutura, articulação e integração dos empreendimentos econômicos solidários junto aos parceiros colaboradores em todo território brasileiro.
O evento, que aconteceu no Centro Público de Economia Solidária, localizado na rua Dimitri Sensaud de Lavaud, 70, Centro, antecedeu a 4ª Feira Regional de Economia Solidária e faz parte da programação do Instituto, que é ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego e participa das feiras microrregionais espalhadas por todo país.
Durante o seminário, Anderson Barcellos, analista social de entidade, explicou a importância dos avanços sobre o assunto. “O Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário – instrumento jurídico assinado em 2010 pelo então presidente Lula – hoje reconhece legalmente os empreendimentos econômicos solidários. Esse reconhecimento é fundamental pois legitima um ator para o acesso à políticas públicas. Outra contribuição, do ponto de vista econômico, é que o Sistema propõe a certificação de produtos e serviços dos empreendimentos. Tal como o selo do comércio orgânico, há o selo justo de economia solidária e isso contribui para solidificação dos empreendimentos de economia solidária no Brasil”, disse.
Dentre os vários objetivos, o seminário também procurou fazer um diagnóstico sistêmico dos empreendimentos, entender a relação dos empreendimentos com os princípios e critérios da economia solidária; realizar um retrato da comercialização no país; compreender a relação dos empreendimentos com o meio ambiente, a gestão democrática e o ambiente de trabalho. Na terça-feira, 6 de dezembro, houve ainda uma oficina com os empreendimentos de economia solidária.
Segundo Barcellos, foram selecionados 140 empreendimentos de economia solidária em todo o país com alto potencial de amadurecimento técnico e apto para ampla e plena integração ao Sistema Nacional. No Estado de São Paulo foram selecionados 15, sendo sete de Osasco. São eles: Boca de Pano Empreendimento Artístico & Cultural; Tramalissa Confecções e Costura Ltda; Tendarte Acessórios Femininos e Brinquedos Artesanais; Vitória Festa & Sabor ME; Cooperativa de Costura Osasco; Camafeu Dourado Buffet e Comércio de Alimentos Ltda e As meninas do Quilombo Buffet e Comércio de Alimentos Ltda.
Para Claudia Lima, assessora de projetos do Instituto Marista, a relação de Osasco com a Secretaria Nacional se solidifica a cada dia. “Nossa história com a cidade vem da parceria que a própria Prefeitura tem com a economia solidária pela Rede de Gestores. O evento foi todo construído com o apoio municipal, que nos deu todo o respaldo e atenção”, avaliou.
Marise Alves Prazeres, presidente da Cooperativa de Costureiras de Osasco, e Felipe Pateo (Instituto Faces do Brasil) compuseram a mesa de debates junto de Cida Lopes, coordenadora do Centro Público e Incubadora de Economia Popular Solidária de Osasco, que realizou a abertura da palestra. “É importante que os trabalhadores dos empreendimentos de economia solidária se familiarizem sobre a implantação do Sistema e quais avanços houve e ocorrerão nesse sentido”, explicou.
Em seguida, Magali Honório, coordenadora do Programa Osasco Solidária, deu prosseguimento aos trabalhos da mesa. “Esse é um momento de reflexão e conversa. Vamos discutir o sucesso dos empreendimentos e traçar planos de ação. Hoje é um momento de troca de experiências e retenção de conhecimento para entendermos as diretrizes do Sistema Nacional. Vamos pensar nas nossas práticas e coordenar as ações para o futuro. O seminário serve como base para entendermos nossa atuação e como podemos melhorar ainda mais”, avaliou, abrindo o espaço para dúvidas, perguntas e sugestões.