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A Secretaria de Saúde da cidade de Osasco, por meio do Centro de Controle de Zoonoses, promove uma ação conjunta com o município de Carapicuíba no combate à dengue, em regiões de divisa entre as duas cidades. O objetivo da parceria é combater a doença, que tende a crescer no verão, com a proliferação do mosquito Aedes aegypt.
Na segunda-feira, 6 de dezembro, as equipes de agentes da saúde dos dois municípios se encontraram no Parque dos Paturis, em Carapicuíba, onde receberam instruções para combater o vetor da doença. A ação conjunta acontece entre os dias 6 e 10 de dezembro. Em Osasco, os trabalhos serão intensificados nos bairros de Quitaúna, Jardim São Pedro, Jardim Padroeira, Recanto das Rosas, Jardim Iguaçu, Conjunto Metalúrgicos e Jardim das Bandeiras. Cerca de 100 agentes de saúde de Osasco, com o apoio de mais 50 da cidade vizinha, que estão divididos entre agentes do CCZ e do “Projeto Dengue”, farão as atividades.
A iniciativa de realizar trabalhos conjuntos para combater a dengue ganhou contornos a partir do dia 23 de novembro. Osasco participou de uma reunião com os municípios de Carapicuíba e Barueri para discutir medidas para reduzir e extinguir a dengue na região. Após análise técnica dos dados obtidos no último LIRA (Levantamento Rápido do Aedes aegypt) ficou acordado que as cidades deveriam trabalhar juntas para enfrentar a doença.
Com esse objetivo, entre os dias 13 e 17 de dezembro, a ação conjunta de Osasco acontece com a cidade de Barueri e irá intensificar as atividades no Jardim Bonança, Portal D’Oeste, Jardim Helena Maria e Munhoz Jr.
De acordo com o coordenador geral do CCZ de Osasco, o biólogo Fábio de Souza Cardozo, uma série de ações estão programadas para o combate à dengue. “Visitaremos todas as casas das regiões fronteiriças. Pensamos também em todos os outros possíveis focos, como locais de leilão, depósitos, empresas de reciclagem de lixo, escolas, creches, etc. Se fizéssemos uma ação em Osasco sem a presença de Carapicuíba poderíamos correr o risco e enviar o mosquito para eles. Por isso é importante que a ação seja tomada em conjunto e cada um deve fazer sua parte, sabendo da importância para o todo”, ressaltou, destacando o fato de Osasco ter realizado, nos meses de outubro, campanhas intensificadas de orientação nos principais semáforos, bem como no período de Finados e principalmente no início da primavera (setembro) e final do inverno (agosto) sobre possíveis focos da dengue.
Dentre as tarefas dos agentes de saúde neste final de ano estão: visita de casa em casa; intensificação no acompanhamento de pontos estratégicos e imóveis especiais; atividades educativas realizado pelo IEC (Informação, Educação e Comunicação) de Osasco junto às escolas, associações de moradores e unidades dentro do município; fiscalização e acompanhamento da Vigilância Sanitária; atividades de telagem de caixa d’água e divulgação através de carro de som e distribuição de material gráfico educativo. “Temos várias equipes em tarefa: administrativa, pesquisa e de campo. O IEC, por exemplo, visitará as escolas e promoverá teatrinho de fantoches, oficina de pintura e distribuirá livrinhos com o objetivo de debater o tema dengue”, explicou Fábio.
Um dos responsáveis pelo CCZ e pelo “Projeto Dengue” em Carapicuíba, o médico-veterinário Carlos Eduardo Saltini, destacou as diretrizes estabelecidas pela SUCEN (Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo) que recomendou ações de mobilização social, saneamento e mídia em atividades de fronteiras entre os municípios, como um elemento do Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue para o estado paulista. “É uma iniciativa pioneira e que deve estar acima de questões políticas. O objetivo é passarmos informações relevantes ao público e acabar com a dengue na região”, disse, ele que também é coordenador técnico da dengue em Osasco.
