Audiência pública confirma bom trabalho realizado na Maternidade Amador Aguiar

161-mauricio-viel-1Em 11 anos, unidade fez 89,7 mil partos, com 11 óbitos maternos. Além disso, apesar de concentrar 64% dos partos realizados na cidade, registra 38% dos óbitos infantis. Teve ainda selo Amiga da Criança renovado, em março, pela Unicef e pelo Ministério da Saúde e ficou na 22ª posição entre as 150 maternidades públicas ou filantrópicas do Estado de São Paulo

O bom trabalho realizado pelo Hospital e Maternidade Municipal Amador Aguiar, mantido pela Prefeitura de Osasco, foi mais uma vez reforçado. Desta vez, em audiência pública, no dia 16 de abril, realizada pela Comissão de Saúde e Promoção Social da Câmara Municipal de Osasco com o objetivo de esclarecer reportagem, exibida no final de março pela Rede Bandeirantes de Televisão, com dados incorretos sobre a unidade de saúde.

Informações prestadas pelo secretário de Saúde Gelso de Lima e pelo superintendente da Maternidade, o médico obstetra dr. Egydio Malagoli Neto, esclareceram todas as dúvidas, que nos dias seguintes se espalharam pela cidade, a partir da reportagem, que creditou à unidade a totalidade de óbitos infantis e maternos registrados em toda a cidade nos últimos dois anos.

“Nosso objetivo é justamente discutir essas informações negativas sobre a maternidade, que capilarizaram o descrédito e a insegurança nas gestantes e nas famílias da cidade”,explicou o vereador Andre Sacco, que é membro da Comissão e apresentou oficio convocando a audiência.

Já o secretário Gelso de Lima, além de reforçar que discussões dessa natureza contribuem para esclarecimento da população, salientou que fez uma pesquisa minuciosa de dados, junto ao corpo técnico da maternidade e da secretaria, para prestar todos os esclarecimentos sobre o caso. “E, quando fui procurado por outros órgãos de imprensa para falar sobre o assunto e esclareci os fatos, todos me disseram que a matéria da Band não fazia sentido. Fui, inclusive, aconselhado por uma profissional renomada a processar a emissora”, explicou.

Ele lembrou ainda que, reforçando o bom trabalho realizado na unidade e rebatendo as acusações faltas da matéria, a maternidade obteve, na mesma semana da veiculação, a renovação do selo “Amiga da Criança”, que é concedido pelo Ministério da Saúde e pela Unicef.

“Além disso, acabamos de receber um levantamento, feito pela Secretaria Estadual de Saúde junto aos usuários do SUS, que aponta nossa maternidade na 22ª colocação entre as 150 maternidades públicas e filantrópicas do Estado de São Paulo. E o que nos separa do primeiro lugar é muito pouco. Tivemos nota 8,07, enquanto a melhor avaliada ficou com 8,9”, salientou, acrescentando que isso representa o reconhecimento dos usuários ao bom trabalho realizado.

Gelso reforçou ainda dados sobre a mortalidade infantil na unidade. A Maternidade Amador Aguiar concentrou, no ano passado, 64,4% de todos os partos realizados na cidade, incluindo os hospitais particulares. E registrou 50 dos 131óbitos contabilizados em todo o município, ou 38% do total. “Esses são dados do ano passado, mas podemos garantir que em anos anteriores os números foram bem semelhantes”, completou.

Além disso, o secretário adiantou dados do Comitê de Mortalidade Infantil apontando, para 2008, um índice de mortalidade infantil, na cidade, de 12,4 a cada 1000 nascidos vivos, o menor de sua história. “Estamos aguardando apenas a confirmação desses dados pela Fundação Seade”.

O superintendente da maternidade também apresentou números importantes. Segundo ele, nos 11 anos de funcionamento da unidade, foram realizados 89.747 partos e 11 óbitos maternos. “Embora nenhuma morte seja justificada, nosso índice e de 12,55 óbitos maternos a cada 100.000 nascidos vivos, contra 68,9 no País”, explicou Egydio.

Ele também explicou que os dois casos de mortes de gestantes, mostrados na reportagem, envolveram quadros clínicos raros e assintomáticos, o que não permitiu sua detecção nos exames de pré-natal. Um deles, em uma cesária marcada para também envolver uma laqueadura, a mãe apresentava um quadro de placenta baixa e percreta, que acabou penetra a parede do útero e a bexiga, entre outros órgãos, evoluindo para um sangramento. “Conversei inclusive com a família e elas disseram que, em nenhum momento, ela apresentou sangramento na gestação, o que é comum nos casos de placenta baixa. E o utrassom não mostrou qualquer anormalidade”, disse.

Já no segundo caso, um parto normal, a mãe apresentou uma hipertensão portopulmonar, que levou a uma sincope na mesma de procedimentos. “Existem apenas 6 registros, em todo o mundo, de casos como esse. E dois deles foram no Brasil, além do terceiro, em nossa unidade. Infelizmente, em qualquer rede, inclusive na privada, as dificuldades seriam as mesmas. Não faltaram recursos técnicos, as não havia mais o que ser feito”, completou.

Também prestigiaram a audiência a secretária municipal de Educação, Mazé Favarão, o presidente da Câmara Municipal de Osasco, Osvaldo Vergínio, e os vereadores Carlos José Gaspar (presidente da Comissão de Saúde), Valmir Prascidelli, João Góis, Rubens Bastos, Aluísio Pinheiro, Eduardão e Josias da Juco.

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