Escritoras consagradas compartilham experiências com professores e alunos de Osasco

As escritoras Marina Colasanti e Eva Furnari emprestaram um pouco de sua experiência literária para as vivências e pesquisas de alunos e professores de Osasco, que darão subsídios à construção do desfile cívico de Independência.

Os encontros com as autoras consagradas Eva Furnari e Marina Colasanti, promovidos na terça-feira, dia 21, pela Prefeitura de Osasco, por meio da Secretaria de Educação, em parceria com o Instituto Ciência Hoje (ICH), abriram a agenda de eventos que integram um projeto pedagógico de estímulo à leitura e ao letramento. As ações pretendem contagiar 14 mil estudantes da rede municipal, disponibilizando 23 mil livros infanto-juvenis que englobam 34 editoras e 152 títulos, e ainda proporcionando diálogos com 36 renomados artistas brasileiros, entre escritores, atores, cartunistas e cineastas.

Depois de debater criticamente as obras e conversar com os autores, os alunos criarão materiais que serão compartilhados com toda a comunidade de Osasco no encerramento, com realização do desfile cívico do Dia 7 de Setembro.

Marina Colasanti – No período da manhã, a escritora, jornalista e publicitária, Marina Colasanti debateu e conversou com os alunos da EMEF João Guimarães Rosa, no Jardim das Flores. A escritora foi recebida pela secretária de Educação, Mazé Favarão, acompanhada da diretora da unidade, Wolnelita Freitas, professores e funcionários. Elas percorreram os corredores da escola onde estão expostos trabalhos sobre a escritora e suas obras.

Na quadra da escola, foi a vez dos alunos darem as boas vindas. A secretária Mazé abriu o encontro. “Vamos mostrar para nossa cidade que devemos usufruir da literatura brasileira, desenvolvendo em nós, o gosto de ler”, disse Mazé, lembrando que no Recreio nas Férias terá oficinas de leituras Literatura: Arte em Palavras. Na sequência apresentou a escritora.

As crianças receberam Colasanti com alegria e mostraram curiosidade pela carreira da escritora e por alguns livros, disparando perguntas. A escritora resgatou para garotada o seu primeiro dia de aula, na casa de uma professora, na Itália. Ela explicou que na época as escolas estavam tomadas pelo Exército e tornaram-se bases militares e hospitais durante a 2ª Guerra Mundial. “Eu fui acompanhar meu irmão mais velho na aula. Ao ver as crianças lendo escrevendo achei aquilo muito emotivo. Chorei para não ir embora, queria ficar e a professora deixou”, disse. Ela também deu dica para as crianças escreverem em diário, destacando que até os dez anos temos uma grande facilidade de lembrar das coisas, falou de suas obras e do início da carreira e ao final apreciou a apresentação de poesias realizada pelos alunos. No período da tarde, Colasanti conversou com professores no Centro de Formação dos Professores.

“Adorei conhecer a escritora. A partir de agora vou gostar ainda mais de escrever e de ler. Os livros da Marina são minha fonte de inspiração”, disse a pequena Livia Machado, de 9 anos. Natan Ernandes Decarle, 10 anos, também fez questão de falar sobre o evento. “A vinda de uma escritora tão famosa à escola é muito importante, e vai nos ajudar muito a aumentar o gosto pela leitura. O livro dela me inspirou bastante e vou lembrar deste momento para sempre”.

Eva Furnari – A atividade realizada no anfiteatro do Centro de Formação dos Profissionais da Educação, também no período da manhã, que trouxe à cidade a escritora e ilustradora Eva Furnari, contou com uma plateia atenta de centenas de professores do Ensino Fundamental. A participação da autora teve cerca de uma hora e meia, sendo mais da metade deste tempo preenchido com palestra a respeito da literatura infantil, suas linguagens visual e escrita, e sua função na formação psique da criança. O restante do tempo foi utilizado para perguntas.

Se declarando “fã” dos professores, Furnari abriu sua explanação confessando que se considera também um deles. “Sou muito grata por poder compartilhar com os professores a possibilidade de levar um material até as crianças. Eu não seria ninguém sem os professores, que são os verdadeiros heróis que constroem o País”, disse.

Ela defendeu que a leitura é um meio alegre e prazeroso que permite, pelo “brincar”, o alcance a diversos sentimentos complexos e ao domínio desses. Como as demais brincadeiras, que ajudam a desenvolver a criança para o mundo, Furnari salientou que a leitura pode ser vista como um jogo que suscita conquistas e sensações como aprendizagem, desafio, curiosidade, surpresa, identificação, expressão e prazer estético.

Com sua experiência como ilustradora, Furnari salientou a aliança que se dá entre a ilustração e o texto, sendo a imagem uma ferramenta que possibilita a expressão do que se diz, tendo, muitas vezes, papel totalmente narrativo, ou seja, transmitindo, por si só, toda a ideia da história. “O ilustrador usa códigos como expressões corporais e faciais, que são aprendidos pelas crianças antes mesmo de elas serem alfabetizadas”, disse.

A escritora também falou do aspecto psicológico que muitas histórias trazem, principalmente os clássicos contos de fadas, que preparam as crianças para crescer e as estimulam a terem domínio sobre seus instintos – representados, por exemplo, na figura do Lobo Mau.

Na segunda parte da atividade, Furnari dividiu o palco com a professora Mazé Favarão e com Maria Del Carmen Guadalupe Chude, diretora do Instituto Ciência Hoje; Cecília Reggiani Lopes, editora da Global Editora; e Regina Maria Braga Assis, pedagoga da mesma editora. No ponto alto do diálogo estabelecido entre Furnari e a platéia, por meio de perguntas enviadas pelas professoras, a autora respondeu sobre o início de sua atividade como escritora. “Muitas vezes, a vontade é mais poderosa do que o talento. O aprendizado, vamos adquirindo ao longo do caminho”, concluiu.

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One comment

  1. Angelo Eduardo

    bom na realidade não é nem um comentário e sim uma duvida,como eu consigo inscrever meus filhos no cel que esta em termino no jd sto Antonio.
    procurei no siat e não encontrei um ícone para nos tirarmos duvida ou reclamar de algo e acho que nossa opinião também conta na prefeitura.
    por favor me responda obrigado

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