Escola de Osasco fatura prêmio “Educar para a Igualdade Racial”

A EMEF Benedicto Weschenfelder, no Jardim Piratininga, foi uma das vencedoras do 5º Prêmio Educar para Igualdade Racial, entregue no dia 14 de dezembro. A premiação é uma iniciativa do Grupo Santander e do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), que premiou escolas públicas e privadas como forma de incentivar a cultura colaborativa dentro da temática das questões raciais.

Segundo o diretor executivo do CEERT, Hédio Silva Jr, observando o conteúdo dos participantes do concurso, já é possível verificar as transformações do país ocorridas nos últimos 20 anos. “O protagonismo dos professores pode ilustrar bem as mudanças no país, que são silenciosas, mas eficazes. Estas mudanças são movidas por ética, moral, solidariedade e o compromisso com a ideia de uma sociedade melhor, e esse sentimento se confunde com a história da nossa instituição”, disse.

A EMEF Benedicto Weschenfelder foi a ganhadora na categoria Gestão Escolar – Ensino Fundamental Anos Iniciais, com o trabalho “Quilombos e Quilombolas Exemplo de Resistência”, projeto desenvolvido por meio de atividades que buscavam sensibilizar toda comunidade escolar para a valorização da cultura negra. Os trabalhos foram inspirados nos quilombos como expressão da resistência e afirmação positiva dos valores culturais negros nos dias de hoje e envolveu cerca de 1,2 mil alunos da unidade.

Por toda escola foram promovidas manifestações artísticas que proporcionaram reflexões críticas da realidade como: Leitura de Livros (temática afro-brasileira); confecção de trabalhos (maquetes, máscara, cartazes e gráficos); pintura, recorte e colagem; confecção de bonecos e símbolos africanos (artes); produção de textos; estudo do meio (visita a Casa de Angola); apresentações de danças (Samba de Roda); apresentações de Capoeira; leitura de mundo e leitura coletiva de textos africanos (EJA); apresentações de Jograis, entre outros. Os trabalhos foram desenvolvidos com base em pesquisa de embasamento utilizando a bibliografia afro-brasileira disponíveis na própria Unidade Escolar.

“Ficamos muito felizes, pois o prêmio coroou o trabalho de toda equipe escolar. O projeto envolveu todos os segmentos da escola e estamos orgulhosos por mostrar que somos diferentes, mas não desiguais. A prática inclusiva existe há quatro anos na escola, portanto, a temática africana é debatida constantemente. Criar uma escola inclusiva é também discutir a diversidade étnico-cultural e esse prêmio mostra que a educação de Osasco está no caminho certo”, declarou a diretora da unidade, Irandi Gomes da Silva, que pretende reverter o valor do prêmio – R$ 10 mil – na compra de instrumentos musicais e literatura ligadas ao tema, além de financiar visitas dos professores a museus e instituições que valorizem a diversidade.

Nesta edição, foram inscritos 785 trabalhos de todo país, dos quais 33 foram finalistas, sendo 16 deles contemplados: oito na categoria Professores e oito na categoria Gestão Escolar, divididos nas subcategorias Anos Iniciais e Anos finais. O prêmio para os professores foi de R$ 5 mil e para as escolas de R$ 10 mil.

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