O período das chuvas no Brasil, especialmente na região Sudeste concentra-se entre os meses de outubro a março. É neste período que ocorrem 80% do total anual de chuvas e, por conseqüência, as enchentes.
Embora sejam um fenômeno natural, eles vem sendo agravadas pela ação do homem, incluindo impermeabilização do solo pelo asfalto; desmatamento; entupimento de boca de lobo e das galerias pluviais por causa do lixo jogado inadequadamente nas ruas ou córregos.
Com isso, a água acumula-se rapidamente nas ruas, alagando também comércios e casas. E pode transmitir doenças infecciosas como a leptospirose, a hepatite A, diarréia, tétano acidental, febre tifóide e cólera, além de propiciar aumento de risco de acidentes com animais peçonhentos, como serpentes, aranhas e escorpiões.
A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Osasco recomenda alguns cuidados a serem seguidos em caso de enchentes:
– Nunca entre em contato direto com a água de enchente. Proteja-se usando luvas e botas de borracha, na falta destes, use sacos plásticos duplos amarrados nas mãos, braços, pernas e pés.
– Para remover a lama e lavar o local, desinfete o local com a solução em um litro de água sanitária para quatro litros de água, então limpe paredes, pisos e utensílios.
– Não beba água contaminada, sempre filtre e ferva antes de beber. Caso não possa fazê-lo, trate-a com hipoclorito de sódio (2,5%). Para cada litro de água, adicione duas gotas de hipoclorito de sódio e deixe descansar por 30 minutos.
– Todo alimento e remédio que teve contato direto (submerso ou umedecido) com a água ou lama deve ser descartado, bem como as latas amassadas, enferrujadas ou semiabertas.
– Os animais peçonhentos (aranhas, escorpiões e serpentes) também querem ir para lugares secos, por isso, cuidado. Deve-se sacudir os colchões, roupas, sapatos, toalhas, lençóis antes de usá-los. Não coloque as mãos em buracos ou frestas, pois podem ser esconderijos destes animais.
– Caso encontre algum animal peçonhento não mexa. Ligue para o Centro de Controle de Zoonoses, pelos telefones 3686-0135 ou 3696-9390.
– Se ficar doente, procure uma unidade de saúde e lembre-se de contar para o médico o seu contato com a água de enchente.