Secretaria de Educação de Osasco realiza o III Festival de Judô do Escolinha do Futuro

Cerimônia simbolizou a mudança de faixa de cerca de 4 mil alunos

No último sábado, 13 de novembro, cerca de 600 alunos, representando 4 mil estudantes da rede municipal de educação, participaram do III Festival de Judô do Projeto Escolinha do Futuro, realizado no SESI do Jardim Piratininga. O judô é uma das práticas esportivas oferecidas pelo projeto no contra turno escolar, ao lado de atividades como basquete, futebol, vôlei, capoeira e xadrez.

A cerimônia simbolizou a troca de faixa dos alunos que fizeram judô durante todo o ano. Uma parte deles passou da faixa branca para a bordô e outra, da bordô para cinza.

O Grupo de Taiko do Clube Nippon do Arujá embalou, voluntariamente, todo o festival, iniciado pela batida do tambor dada pela Secretária de Educação, Profª Mazé Favarão, anfitriã da festa, que na ocasião representou o prefeito Emidio de Souza. Além da secretária, participaram da cerimônia o presidente da AHPCE (Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica), entidade parceira da Secretaria de Educação no projeto, Gabriel Menezes, Nelson Fernandes, coordenador do projeto na cidade, e Midori Suzuki, orientadora da modalidade, além de centenas de pais e familiares dos pequenos judocas.

Os alunos que participaram do festival vieram das 22 EMEF’s que abrigam a prática. “O judô é uma das modalidades mais procuradas. Imagino o orgulho de vocês ao ver seus filhos nessa atividade. Quero agradecer aos pais e mães por nos confiarem seus filhos. Como diz o Hino Nacional, o futuro só terá grandezas se tomarmos conta agora das nossas crianças. Vocês os confiaram a nós, a mim e ao prefeito Emidio, e queremos devolver estudantes íntegros, completos, que sabem seu papel na escola e na sociedade”, discursou a titular da Secretaria de Educação.

“Também parabenizo todos os estudantes, educadores, pais, todas as mães e, principalmente, a Secretaria de Educação, não só pela parceria, mas pela oportunidade e pelo exemplo que Osasco está dando para o Brasil de uma educação pública de qualidade sobre esse tatame”, disse o presidente da AHPCE, Gabriel Menezes.

Uma das alunas mais felizes em participar da grande festa era Kemily Cristina da Silva, de 9 anos, aluna da EMEF João Campestrini. A menina, que teve paralisia cerebral devido a um parto prematuro, pratica judô na Escolinha do Futuro há dois anos e adora. “Ela gosta muito, começou até a dar uns passinhos sozinha. Ela gosta muito dos colegas e chora quando não pode ir”, relata a mãe, Daniela Cristina Brito, satisfeita com os resultados físicos e psicológicos alcançados pela filha, depois que iniciou a prática.

Entre os alunos, há aqueles que descobriram verdadeira paixão pelo esporte. É o caso de Daniel Nascimento Arão da Silva, de 10 anos, aluno da EMEF Deputado Alfredo Farhat. Ele é um dos mais aplicados da turma, e, entre os golpes, prefere o morote seoi nage. “Quero seguir carreira, quero me federar”, diz o aluno.

Os pais, entusiasmados na torcida, também aprovaram os resultados da prática esportiva dos filhos. “Foi ele quem escolheu o judô e não gosta de faltar. Depois que começou, ficou com mais disposição e melhorou a forma física”, conta Angélica Moura Pereira, mãe de Gustavo Moura Beretca, de 9 anos, que faz judô há 2. “Eu estudei nessa escola e no meu tempo não tinha isso. É muito bom”, ratifica o pai, Mihail Beretca Neto.

Antonio Castro Alencar, pai de Gabriel Alencar, de 8 anos, também atesta melhoria das condições físicas do filho depois do início do judô, há cinco meses no CEU Dra. Zilda Arns. “Ele está adorando. Era gordinho e agora emagreceu e está bem mais calmo e mais aplicado na escola”, enumera.

Os educadores do judô também se sentiram gratificados com a realização do festival, que coroa todo ano de trabalho. “É muito legal esse incentivo ao esporte que é dado aqui. O judô seria inacessível para a maioria, mas aqui eles têm acesso. E para nós também é muito gratificante, principalmente, o contato que temos com crianças com deficiência. Os professores regulares das turmas também nos contam que o desempenho dos alunos melhora e até o respeito e a disciplina melhoram”, conta Cristiano Silva Mori, de 24 anos, educador de judô do Escolinha do Futuro há dois anos e que leciona em duas unidades, na EMEF Valter de Oliveira e na CEMEIEF Darcy Ribeiro. Nesta última, ele conta com a participação do aluno Gabriel Pereira Marques, de 10 anos, cadeirante que frequenta as aulas há dois anos. “Eu brinco e ajudo o professor. Fiquei contente com a oportunidade e gosto de ficar com meus colegas. A cadeira não me atrapalha”, diz.

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