Diretor do DUS, Álvaro Mello, apresentou o projeto e esclareceu dúvidas da população e de moradores
A Operação Urbana Consorciada (OUC) Tietê II, projeto da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de Osasco, foi tema de uma audiência pública, na noite de quinta-feira, dia 11 de novembro, promovida pela Comissão de Política Urbana, Meio Ambiente e Defesa dos Direitos do Consumidor de Serviços Públicos Municipais da Câmara de Osasco.
Comandada pelo vereador Cláudio Henrique da Silva (Cláudio da Locadora), presidente da comissão, a audiência contou com a participação do engenheiro Álvaro Mello, diretor do Departamento de Uso do Solo (DUS) da secretaria.
Álvaro iniciou a audiência fazendo uma exposição do projeto, que prevê uma série de ações para transformar o rio Tietê de barreira urbanística em instrumento de desenvolvimento da região central, promovendo principalmente sua integração com o bairro do Bonfim.
“O que pretendemos fazer, por meio desse projeto, é fornecer incentivos para que a iniciativa privada seja a responsável por essas ações, garantindo a revitalização de toda essa região e o conseqüente aumento da qualidade de vida da população”, afirmou.
As ações vão acontecer na área delimitada pelo rio Teitê, a linha férrea e a rodovia Castelo Branco, incluindo ainda a Vila Leonor e o Conjunto Hervy. E, dentre as medidas previstas, está a de potencializar e organizar a implantação de áreas industriais, comerciais e residenciais, além da construção de uma nova ponte sobre o rio Tietê e duas novas passarelas para fazer a interligação dessa região com o atual centro de Osasco
Essas ações serão viabilizadas por meio de mudanças no potencial construtivo dessa área. “Atualmente, todos têm direito a um índice básico de construção em relação ao terreno. Esse índice pode ser ampliado para 4 ou 5 vezes, como forma de incentivar a verticalização. E os interessados vão trocar a ampliação desse potencial construtivo por recursos, que serão destinados a um fundo específico da Operação Urbana Tietê II e vão financiar as obras públicas, como a ponte e as passarelas”, explicou Álvaro.
Outro ponto da operação urbana é a construção de um novo Paço Municipal, onde hoje fica a antiga fábrica da Hervy. O empreendimento interessado no projeto terá que construir, como contrapartida, essa nova sede, com 25 mil m², e poderá ocupar o restante do terreno.
Após a exposição, o engenheiro esclareceu dúvidas dos vereadores e de moradores da região. A principal delas envolveu a situação das famílias que já vivem no local. “O que estamos oferecendo é um incentivo para melhorias. Mas ninguém vai ter que vender ou deixar sua casa. Nos casos em que há aluguel e o proprietário decida vender o imóvel, já prevemos inclusive empreendimentos de habitação de interesse social para atender os moradores”, disse.
O projeto completo, que tramita na Câmara Municipal, pode ser conferido no site www.osasco.sp.gov.br, no link da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano.
Participaram da audiência o presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Vergínio, e os vereadores João Gois, Fumio Miazaki, Andre Sacco, Rogério Lins, Valmir Prascidelli, Aluísio Pinheiro, Ana Paula Rossi, Jair Assaf, Valdomiro Ventura e Antônio Toniolo, além do padre Pio Milpacher, da paróquia do Bonfim, dentre outras autoridades.