Resultado aponta que número de postos de trabalho com carteira assinada continua em alta na cidade. Observatório do Trabalho também traçou o perfil do mercado, na cidade, durante o ano passado
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego revelam um excelente desempenho do mercado de trabalho formal de Osasco durante o mês de janeiro.
Seguindo o bom resultado do País, onde foram criadas 142.921 vagas com carteira assinada, a cidade registrou um saldo de 848 novos postos de trabalho. O levantamento é do Observatório do Trabalho de Osasco e Região, parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão da Prefeitura de Osasco e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos).
Segundo o levantamento, o setor de serviços liderou a criação de vagas no mês, com saldo positivo de 789 novos postos de trabalho formais. O segundo maior saldo positivo registrado foi o da indústria de transformação, com 244 novos postos. Já o setor do comércio fechou o mês com um saldo negativo de 199 postos.
“Considerando os últimos 12 meses, os resultados mensais são todos positivos, exceto dezembro. Percebe-se também que o saldo do mês de janeiro, em 868 novos postos, se manteve na média dos resultados registrados nos últimos 6 meses”, analisa a secretária de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão, Dulce Helena Cazzuni.
Perfil
O Observatório também traçou um perfil do mercado de trabalho de Osasco, com base nos dados do Caged, relativo ao mês de dezembro, quando foi registrado saldo negativo de 683 vagas, e a todo o ano de 2007, que acumula a geração de 9659 novos empregos.
“O saldo anual acumulado em Osasco superou o desempenho da Região Sudeste e do País. Enquanto a variação acumulada de 2007 e 2006 no Brasil foi de 31,64%, na região Sudeste de 22,86% e em São Paulo alcançou a marca de 29,39%, no município de Osasco essa variação foi de 180,13%”, explica a secretária.
No levantamento por atividade econômica, o desempenho negativo de dezembro foi fortemente influenciado pela administração pública, com 500 vagas a menos. Os segundo e terceiro piores desempenhos ficaram por conta dos subsetores ensino e serviços de alojamento e alimentação, respectivamente, com menos 154 e 126 vagas.
“Entretanto, no acumulado entre janeiro e dezembro de 2007, em números absolutos, a Administração Pública permanece com o maior saldo positivo, somando 3.875 vagas ou 40,12% do total de postos gerados no município no período, assegurando a reversão do resultado de 2006, quando foram fechados 1.877 postos”, afirma Dulce.
O Comércio Varejista, por sua vez, teve um saldo acumulado de 1.556 vagas. Destaque também para o resultado dos Serviços Técnicos Profissionais, com a criação de 1.068 novos postos entre janeiro e dezembro de 2007, mais que triplicando o valor obtido no ano anterior (334). A Indústria de Alimentos e Bebidas, com um saldo acumulado de 777 vagas, a Indústria Elétrica e Eletrônica, com 515 vagas vêm a seguir.
Quando observado o grau de instrução, houve uma inversão em relação à demanda por trabalhadores que possuíam 2º grau completo. No mês anterior, esse grupo foi o maior beneficiado pela criação de novas vagas, com 521 (mais de 61% do saldo total). Já no mês de dezembro, o saldo para esses trabalhadores ficou negativo, com menos 13 vagas formais. Já os trabalhadores com 2º grau incompleto aparecem com saldo positivo, 6 novas vagas, mas um número bem inferior às 137 vagas criadas no mês de novembro.
No acumulado anual, o destaque permanece com a ampliação de empregos para os que têm 2º grau completo com 6.096 novas vagas ocupadas, um crescimento de 76% em relação ao ano de 2006. A segunda categoria mais beneficiada por vagas no ano foi a dos trabalhadores com a 8ª série completa, com 802 novos postos formais. “No geral, à exceção dos trabalhadores com superior completo, todos os demais tiveram saldo positivo, ampliando sua participação no mercado de trabalho, em especial aqueles com baixa formação, que em 2006 apresentaram saldos negativos”, analisa a secretária.
Em relação a faixa etária, a geração de emprego continuou, em dezembro, a ser consideravelmente concentrada entre os mais jovens, na faixa que engloba os trabalhadores de até 17 anos e entre 18 e 24 anos, com saldo de 42 e 41 vagas. Em todas as demais faixa etárias nota-se saldos negativos, com destaque para os trabalhadores com idade entre 30 e 39 anos, com menos 302 vagas, seguidos dos trabalhadores com idade variando entre 40 a 49 anos, com variação negativa da ordem de 243 postos.
No acumulado do ano, a faixa de trabalhadores entre 18 a 24 anos também foi a que obteve maior saldo acumulado, de 4.391 vagas, aumento de 13% em relação a 2006 e responde por 45% do saldo no ano. “De modo geral, os jovens obtiveram bons resultados no mercado de trabalho. A faixa etária que vai dos 25 aos 29 conseguiu ser demandada em 1.336 vagas. Para a faixa de trabalhadores de 30 a 64 anos, para os quais foram eliminadas vagas em 2006, 1.684, foram oferecidas em 2007 3.131 novos empregos, o que representa uma participação de 32% no saldo acumulado”, completa.
Também no mês de dezembro, quem mais sofreu os impactos da readequação de mercado nesse período foram as mulheres, com redução de 665 postos de trabalho formal, contra apenas 18 vagas a menos em relação aos homens.
“Se o ano de 2006 foi bom para as mulheres em relação à sua participação no mercado de trabalho, com 63%, o acumulado do ano de 2007 traz uma inversão dos números, favorecendo aos homens, com 52%. Esta queda na participação das mulheres nos saldos acumulados explica-se pela maior ampliação relativa dos empregos masculinos nos 12 meses de 2007 contra igual período de 2006: o aumento do saldo para os homens foi de 3,6 vezes, enquanto para as mulheres foi de apenas 2,25 vezes”, diz a secretária.
Quanto aos estabelecimentos, os únicos a gerar novos empregos foram aqueles com até 4 empregados. No acumulado do ano, entretanto, as empresas com mil ou mais trabalhadores responderam por 54% do saldo gerado até dezembro.
Quanto ao nível dos rendimentos oferecidos para as novas vagas criadas, houve concentração nas faixas salariais mais baixas, principalmente naquelas que variam entre 0,5 e 2 salários, faixa responsável pela geração de 140 vagas em dezembro. No acumulado do ano, os rendimentos entre 1 e 1,5 salários responderam pela criação de 5.763 no novos empregos, mais da metade destes postos. No acumulado anual o saldo continuou a crescer, tendo a faixa entre 1,5 e 2 salários atingido a marca de 3.450 novas vagas.
“A evolução do saldo entre admitidos e desligados no município de Osasco em 2007 indica que a maior geração de saldos com relação ao ano anterior vem se dando desde fevereiro. Os meses de junho e julho de 2007, ao contrário do verificado no mesmos meses de 2006, mostraram saldos positivos, sendo que os únicos meses deste ano a apresentar saldo negativo foram janeiro e dezembro”, finaliza Dulce.
Qual é a idade que tem que ter para trabalhar