Animação traça paralelo entre disputa nuclear e lixo jogado na rua
A Secretaria de Meio Ambiente de Osasco premiou no sábado, 26 de maio, no Espaço Cultural Grande Otelo, os vencedores do primeiro “Festival de Vídeos Ambientais Curtas & Meio”. “O que minhas atitudes podem provocar”, de Diogo Gregório Rosado, levou o prêmio de melhor curta.
Além disso, “Descarte sustentável”, de Natalia Rodrigues da Costa (estudante da ETEC Osasco II), ficou com a premiação de Melhor Spot. Ambos receberam cheque no valor de R$1 mil. O prêmio de R$300 foi para três categorias: “O que se diz, O que se vê”, de Maurício Rodilha Arraes (estudante Universitário) como melhor Melhor Roteiro/Argumento; com a Melhor Edição para Xurume”, de Everton Rodrigues, e a Melhor Trilha Sonora foi para “A carta da Jovem Senhora”, de André Monteiro dos Santos.
Segundo Thelio Romagnolo, coordenador do festival, a qualidade e originalidade na elaboração dos trabalhos surpreendeu a comissão julgadora. Participaram pessoas de várias idades que desenvolveram vídeos utilizando técnicas diversas. Os primeiros lugares de cada categoria (spot, curta, roteiro/argumento, trilha e edição) receberam prêmios em dinheiro, oferecidos pelos Cursos Anglo/Fipen. Vencedores e parceiros do projeto também receberam troféus e certificado de participação oferecidos pela Sema Osasco.
O festival teve como objetivos promover e estimular a produção de materiais audiovisuais que sensibilizem a sociedade sobre a importância de se preservar o meio ambiente. Uma comissão julgadora formada por profissionais da área audiovisual, comunicação e educação ambiental selecionou e classificou as melhores produções em cada categoria.
Cineclubismo
Antecipando a exibição dos vídeos e a premiação, foi promovido um debate sobre Cineclubismo. Mônica Borba, do Cineclube Socioambiental, sala Crisantempo, da Capital, falou sobre os documentários e filmes exibidos no espaço há quase 4 anos. Explanou sobre o grupo de trabalho voluntário que traduz os filmes e dos debates após cada exibição. Destacou os filmes “Extração de minérios” e “História das coisas”, que mostram os efeitos do consumismo desmedido na sociedade. Ainda, convidou os estudantes de Osasco a participarem da Conferência da Juventude e Meio Ambiente e da Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade (Rejuma).
“O cinema é um ativismo, uma forma de mostrar nossa indignação. Há muitos filmes catastróficos. Infelizmente, temos dificuldade de achar filmes propositivos. No cineclube trazemos atores, diretores e produtores para conversar sobre os temas discutidos nos filmes. Ser educador ambiental é saber cativar as pessoas para a sustentabilidade”, completou Mônica.
João Subires, do Cineclube Baixa Augusta, fez um resgate histórico do cinema e dos espaços de exibição alternativos. Comentou o cineclubismo em Osasco, iniciado no sindicato dos bancários. “Através do cineclubismo conseguimos juntar pessoas com interesses comuns em diversas áreas como cultura e política”.
O cineasta João Luiz de Brito Neto falou sobre o movimento da periferia “Cineclube Kinopheria” e da produção cinematográfica. “Hoje temos liberdade para produzir e discutir temas antes proibidos, como a questão operária, violência contra a mulher e meio ambiente. Devemos refletir sobre a relação da imagem e de sua importância em nossas vidas. Precisamos cada vez mais compreender para que serve a imagem e até onde podemos chegar com ela. Também, devemos estimular cada vez mais o cineclube na escola”.
Luciano Lub Jurcovichi, secretário de Cultura, parabenizou a Secretaria de Meio Ambiente pela iniciativa. “O festival contribui para incrementar o movimento cultural da cidade”, disse.
Carlos Marx, secretário de meio ambiente de Osasco, falou da alegria em conseguir realizar o festival e do comprometimento do prefeito Emidio de Souza com a educação e conscientização ambiental. Destacou ainda diversos trabalhos desenvolvidos pela secretaria, como o projeto Biodiesel, a revitalização de minas e nascentes e o ecoônibus . “Os vídeos inscritos no festival serão utilizados nas atividades de educação ambiental, divulgados na internet e exibidos na TV Osasco”, completou.
Durante o evento, foram exibidos os vídeos participantes, precedidos de pocket show da cantora Isa Ferreira. Na oportunidade, os participantes receberam sacolas retornáveis, além de folder do subcomitê da Sub-bacia Hidrográfica Pinheiros-Pirapora, cópias do DVD Biodiesel Osasco, exemplares da revista Osasco 50 anos, revista Ação Ambiental e da cartilha de educação ambiental Planeta Jovem: Carlota e Maristela falando de mudanças climáticas.