Com o tema “Osasco Construindo sua Resiliência”, encontro focou a aproximação entre o poder público e a sociedade para discutir formas de prevenção e recuperação de desastres naturais
“As cidades tem que começar a discutir formas de se adaptar ao cenário macroclimático. Com o aquecimento global, os desastres naturais tendem a ser mais intensos, por isso precisamos sugerir o debate com a comunidade, nos preparar, nos prevenir e nos adaptar.” Com estas palavras, o coordenador da Defesa Civil de Osasco, Delcides Regatieri, resumiu a importância do I Encontro Municipal de Defesa Civil e Comunidade, realizado na última quarta, 18 de abril, no Centro de Formação de Professores.
Com o tema “Osasco Construindo sua Resiliência”, o evento abordou formas de resistir, absorver e se recuperar dos efeitos de um desastre de maneira organizada, prevenindo que vidas e bens sejam perdidos. Esse encontro está inserido na Estratégia Internacional para Redução de Desastres (EIRD), da Organização das Nações Unidas, e é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Defesa Civil. De acordo com Delcides, a ideia é que o encontro aconteça em Osasco anualmente, após o período de chuvas.
Presente ao evento, o secretário de Segurança e Controle Urbano, José Amando Mota, pasta a qual a Defesa Civil é subordinada, falou do trabalho conjunto entre o órgão, as secretarias e o governo federal, para impedir que as pessoas ocupem áreas de risco e, por meio de programas habitacionais, tirando cada vez mais moradias das encostas e regiões de risco. “A Defesa Civil nos enche de orgulho e é bem vista junto à população pelo seu trabalho constante para minimizar o sofrimento dos nossos irmãos. Parabéns a essa equipe, que começa a chamar a atenção da comunidade para discutir desastres naturais”, concluiu.
O presidente da Câmara de Osasco, Aluísio Pinheiro, elogiou a iniciativa. “Promover esse primeiro encontro é fundamental, e o vereador tem relação direta com moradores, por isso a Câmara não poderia ficar de fora deste evento”, afirmou. Ele, que já atuou no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), lembrou que um convênio com o Instituto, no começo da gestão de Emidio, tornou possível o mapeamento das áreas de risco de Osasco, medida fundamental para planejar estratégias de prevenção de desastres.
O coordenador da Defesa Civil de São Paulo, José Koki Kato, também elogiou a iniciativa, ressaltando que esses encontros são fundamentais para a sociedade.
Como Osasco está se preparando
O evento também contou com uma apresentação do coordenador da Defesa Civil de Osasco, que levantou os pontos principais da estratégia da cidade para se defender de desastres naturais. Entre eles, levantamento e mapeamento de zonas de risco; audiências públicas e o projeto “Educando para Prevenir”, com exposições da problemática para professores e alunos da rede pública de ensino. As intervenções estruturais importantes na contenção de desastres também estavam na lista: os piscinões do Rochdale e do Bonança, em parceria com os governos estadual e federal; canalização de trecho do Braço Morto do Tietê ao longo da avenida Brasil e de sua foz; estabilização de encosta no Jardim Bonança e na Vila Menck; e estabilização de maciço no Helena Maria. O coordenador acrescentou que estão previstas obras do PAC II em 4 áreas de risco de Osasco – com repasse de valor superior a R$ 12 milhões – e 34 projetos para erradicar riscos em 20 núcleos da cidade, com repasse de mais de R$ 1 milhão.
A Defesa Civil também apresentou números de atendimentos a ocorrências entre novembro de 2011 a março de 2012. Nesse período, foram realizadas 161 vistorias a árvores, 43 vistorias em muros, 320 vistorias a residências e 54 coberturas de eventos.
Prestigiaram também o evento Antonio Dias, secretário adjunto de Serviços e Obras; Rogério Lins, vereador; capitão Vitorino, da Casa Militar do governo estadual; representantes do Conselho Nacional de Defesa Civil (COMDEC) de Barueri, de Itapecerica da Serra, e da Guarda Civil Municipal de Osasco.