Em audiência pública, Emidio cobra maior participação do Estado em parcerias com as prefeituras da região

Na última segunda-feira, 26 de setembro, o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, participou de uma audiência pública sobre o Orçamento Estadual de 2012, que foi realizada, na Câmara Municipal de Osasco, pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP) da Assembleia Legislativa.

O objetivo da audiência, conduzida pelo vice-presidente da Comissão, deputado Luiz Cláudio Marcolino, foi ouvir a população sobre a destinação de recursos e implantação de políticas públicas que serão incluídas no Orçamento de 2012 do governo do Estado. “A finalidade é ouvir as pessoas das regiões Oeste e Sudoeste da Grande São Paulo que contribuem com impostos, que compõem a arrecadação estadual, sobre como querem ver aplicado o dinheiro público”, explicou.

No início de seu pronunciamento, o prefeito Emidio destacou a importância de Osasco sediar um evento como este, que visa democratizar as discussões acerca dos investimentos que o governo do Estado tem e deve fazer na região. E na sequência apresentou considerações envolvendo a cidade e também toda a região Oeste. Uma delas foi a criação de um centro de atenção oncológica. “Muitos doentes de câncer de nossa cidade tem que se deslocar até a Capital para fazer seu tratamento. E, em uma região com quase 3 milhões de habitantes, como é a nossa, é mais do que justificado que esse serviço deva ser regionalizado”, afirmou.

Emido reivindicou ainda um centro de hemodiálise. “Não é pequena a quantidade de doentes renais crônicos que necessitam de hemodiálise e têm que se deslocar porque não temos aqui um centro de caráter estadual ou o que temos ainda é insuficiente”, disse.

O prefeito lembrou também de questões, em outras áreas, que estão em andamento, independente do Orçamento de 2012, mas que precisam de maior ação do governo estadual.. “Preciso me referir ao Ribeirão Vermelho, que é um importante contribuinte para os problemas das enchentes. Nós conseguimos, há um ano, um acordo com o governo Federal, envolvendo R$36 milhões, e governo do Estado, com mais R$6 milhões, para a canalização do Ribeirão Vermelho. Mas a obra tem que ser executada pelo DAEE e não estão sendo feita. Há 9 meses está lá, sem que nada aconteça. Estamos falando do interesse de mais de 100 mil pessoas que serão beneficiadas com a obra. Não se trata nem de incluir no orçamento, se trata de executar”

Outros problemas apontados pelo prefeito Emidio envolvem a ausência de parcerias do governo estadual, com as prefeituras, no financiamento e manutenção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs 24 horas) e das creches. “O Estado deveria participar do custeio do SAMU com 25%, para não sobrecarregar os municípios, e também participar do custeio de outro equipamento fundamental para os municípios, que são as UPAs. Osasco tem duas em construção e recebe pacientes de toda região. É um problema crônico que o Estado precisa ajudar a enfrentar. Em relação às creches, também será muito bem vindo se o Estado nos ajudar na construção”, completou.

Emidio também abordou o andamento em ritmo lento das obras de reforma da Estação de Osasco e na transformação das linhas de trem que serem a região em metrô de superfície, também a cargo do governo do Estado. “Estamos fazendo a obra de reforma da estação em parceria. A prefeitura cedeu áreas para a ampliação da linha, mas a obra está em ritmo muito lento. O era para entregar em novembro deste ano já se fala em entregar em outubro do ano que vem. Quero pedir aos deputados que nos ajudem a fazer com que as obras da nova estação de Osasco concluam-se rapidamente, pois a contribuição com a nova estação de Osasco e a chagada do metrô vai colocar Osasco em uma situação muito mais favorável em termos de desenvolvimento”, acrescentou.

O prefeito cobrou ainda a participação da CDHU no processo de urbanização de favelas. “O governo federal tem dado de R$62 mil reais por unidade para construir casas do Minha Casa, Minha Vida para pessoas de 0 a 3 salários mínimos, em regiões Metropolitanas. Em cidades como Osasco, a área é muito cara e isso não é o suficiente. Então, é preciso que o governo do Estado complemente com mais R$15 ou R$20 mil reais por unidade para conseguirmos fazer o desfavelamento. Em Osasco, a primeira parceria deveria ser a favela do Padroeira, pois nela já fizemos 750 unidade através do Habitat Brasil, do governo federal, e depois a uma área da Dersa, no local, foi ocupada irregularmente com mais de 700 famílias, ou seja, nós avançamos com urbanização de favela de um lado e a favela avançou do outro lado. Agora o CDHU precisa ajudar a descascar o ‘abacaxi’ que ele ajudou a plantar”, finalizou.

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