Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego participou da mesa de debates “Municípios e Economia Popular e Solidaria”, do Fórum de Tecnologia Social promovido pela Prefeitura, e elogiou a Incubadora Pública de Empreendimentos Populares e Solidários de Osasco. Iniciativa também foi destacada por Gabriel Kraychete, professor da Universidade Católica de Salvador, para quem experiência de Osasco é “inspiradora”
“Osasco se orgulha em receber dois ícones das políticas de Economia Popular e Solidária”. Foi assim que a secretária de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão da Prefeitura de Osasco, Dulce Helena Cazzuni, abriu, na tarde de quinta-feira, dia 13 de agosto, o debate “Municípios e Economia Popular e Solidária”, no primeiro dia do Fórum de Tecnologia Social, promovido pela Prefeitura de Osasco.
O debate contou com as participações do Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer, e do professor da Universidade Católica de Salvador, Gabriel Kraychete, que elogiaram as políticas públicas de economia popular e solidária desenvolvidas em Osasco.
Uma das principais é a Incubadora Pública de Empreendimentos Populares e Solidários, mantida pela secretaria e que, atualmente, mantém 24 empreendimentos de economia solidária, nas mais diversas áreas, promovendo geração de trabalho e renda. Outra é o Centro Público de Economia Solidária, que sediou o debate.
“Não conhecia Osasco pessoalmente, mas sei que é um ponto forte da Economia Solidária no Brasil”, afirmou Singer, logo na abertura de sua exposição. “A experiência de Osasco é uma das mais inspiradoras que conheço. Temos muito a aprender com ela”, completou Kraychete.
Participação no Fórum
Na abertura do evento, que contou com a presença de representantes de diversas cidades do Estado e também de universidades, a coordenadora do Programa Osasco Solidária da secretaria (ao qual a Incubadora está vinculada), Sandra Praxedes, destacou que os empreendimentos solidários de Osasco têm uma participação, no Fórum de Tecnologia Social, que vai além da apresentação teórica de suas experiências. “Todos os coffe-breaks servidos nos intervalos das mesas de debate foram produzidos por um de nossos empreendimentos, que participou da concorrência pública para o evento. Além disso, na abertura desse debate, tivemos uma apresentação de teatro de fantoches de um empreendimento da área cultural”, explicou.
Em seguida, Singer falou sobre a importância do papel das prefeituras e governos do Estado e federal no apoio aos empreendimentos solidários. “É papel do governo captar o que vem da sociedade e apoiar. E os municípios têm que ser os principais envolvidos nesse processo, pois estão mais próximos dos trabalhadores”, afirmou, voltando a elogiar o pioneirismo de Osasco. “A cidade é uma das poucas que tem um Centro de Economia Popular e Solidária. São cerca de 20 no País. E também uma das únicas que mantém uma Incubadora pública. As demais são todas mantidas por universidades”, explicou.
Já o professor Gabriel Kraychete falou sobre as condições de sustentabilidade dos empreendimentos solidários, da relação da economia popular com os trabalhadores e ainda de seu papel no desenvolvimento local. E também voltou a elogiar Osasco. “Fique muito feliz ao ver que esse Fórum é organizado pelas secretarias de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão e de Habitação e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura, pois essa duas áreas têm que trabalhar juntas na questão da economia solidária. É fundamental que os empreendimentos façam parte do plano de desenvolvimento urbano de uma cidade, pois a maioria deles é uma extensão da moradia dos trabalhadores”, disse.
As palestras foram seguidas por debates. E, ao final, tanto Singer quanto Kraychete sugeriram a realização de discussões periódicas para troca de experiências.
O evento também foi marcado pela primeira graduação de um empreendimento atendido pela Incubadora. Formando por 5 artesãs da cidade, o Tendarte agora pode atuar de forma autônoma. Mas, segundo Paula Patrone, coordenadora da Incubadora de Osasco, isso não significa o fim do vínculo com as políticas de economia solidária da cidade. “Elas vão continuar contando com todo o apoio do Programa Osasco Solidária e do Centro Público”, explicou, lembrando que o grupo foi um dos primeiros com o qual o projeto teve contato, em 2005..
Muito emocionadas, as artesãs falaram sobre a experiência da incubação e da parceria com a prefeitura. “É muito bom podermos dizer que moramos em uma cidade onde a prefeitura olha para os empreendimentos populares e solidários. Esse apoio foi fundamental para hoje darmos esse passo. E também estamos muito seguras, pois sabemos que sempre que precisarmos, podemos continuar contanto com esse apoio. Espero que, depois de nós, venham muitos outros grupos”, disse Edna Simão, que falou em nome também das artesãs Maurisa di Petta, Roseli Alice da Silva, Severina da Silva e Iara Mendes.
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